04 De Janeiro – Dia Mundial do Braille

Senado aprova projeto que garante cartão bancário em braile para pessoas  cegas - Jornal O Globo

Hoje comemoramos o dia Mundial do Braille!

No texto abaixo confira o que é e como surgiu essa forma de leitura para pessoas com deficiência visual!

Você já pensou em ler o mundo pela ponta dos dedos? Seis pontos em relevo com padrões diferentes que se espalham pela página. O que eles são? Números, letras, palavras que compõem histórias, música, matemática, ciência – quase tudo que pode ser escrito, permitindo assim que milhões de pessoas cegas ou com baixa visão pudessem ter acesso à cultura e informação, o que as ajudou na busca por independência e autonomia. 

Mas quem poderia ter criado tal código que facilitou a inclusão dessas pessoas na sociedade? Louis Braille, nascido na França em 4 de Fevereiro de 1809, perdeu sua visão aos 3 anos de idade,  e inspirando-se no método de Barbier (utilizado para comunicação noturna entre os soldados do Exército francês), criou o sistema de escrita e leitura tátil denominado Braile.

PUBLICADOS BRASIL: Alfabeto braile existe graças à genialidade de um garoto  cego

Afinal, o que é Braille?

O sistema braile é um código universal que consiste em um sistema de comunicação de seis pontos possuindo como maior instrumento de auxílio os próprios dedos, além de ser importante para o desenvolvimento cognitivo, representa um meio de comunicação, promovendo o desenvolvimento de pessoas com deficiência visual.

 O Braille tem a composição de 64 sinais

estes que são gravados em papel em relevo. Para melhor identificação, os pontos são numerados da seguinte forma: do alto para baixo, devidamente combinadas em duas filas verticais e justapostas – coluna da esquerda: pontos 1, 2, 3; do alto para baixo, coluna da direita: pontos 4, 5, 6, onde a escrita neste sistema pode ser feita de modo manual, com a utilização de reglete e punção, com máquina de escrever braile (Perkins Clássica), ou ainda com impressora braile. 

O Sistema Braille é um método universal, pois o idioma do deficiente visual vai se formando de acordo com as combinações dos sinais que o compõem, cuja leitura acontece da esquerda para a direita. De ampla aplicabilidade, tanto em textos literários quanto nas simbologias presentes nas áreas de matemática, química, música e informática.

Uma das obras que foram traduzidas para o sistema braile e que merece destaque devido a sua popularidade  foi o  conto do Pequeno Príncipe, o qual completou 70 anos e foi reproduzido pelo artista Claude Garrandes, que é cego e apaixonado pela história do principezinho que habita um asteróide e cujo enredo emociona o leitor do início ao fim e aborda de modo substancial o valor das coisas, sendo célebre a afirmação que: “O essencial é invisível aos olhos, e só se pode ver com o coração”, ou seja, é necessário abandonar os estigmas e preconceitos para que o melhor se manifeste.

Mesmo que, tal tradução reflita o processo de valorização e inclusão dos deficientes visuais no contexto literário, ainda há um longo caminho a ser percorrido, pois segundo informações da União Mundial de Cegos, apenas 5% das obras literárias no mundo são transcritas para a linguagem em braille. No Brasil, estima-se que essa porcentagem seja em torno de 1%, considerando que essa quantidade seja predominantemente de livros didáticos.

Esse cenário apenas ilustra um dos desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência no processo de inserção na sociedade, revelando o quanto o país necessita evoluir para que se promova a equidade de direitos desses indivíduos portadores de necessidades especiais com os demais cidadãos. 

Dessa forma, ainda que o sistema braile tenha sido aceito no Brasil em 1962, apenas em 2004 o Decreto Nº 5.296 previu, de maneira genérica, a obrigatoriedade das instituições públicas ou privadas (hospitais, escolas, hotéis, empresas, assim como quaisquer outros locais onde haja circulação de pessoas) fornecerem informações por meio da sinalização em braile para os indivíduos portadores de deficiência visual sendo instrumento de independência e  inclusão desses cidadãos na sociedade. 

No mesmo sentido, merece destaque o Projeto de Lei n. 1.550/2019, o qual obriga bares, lanchonetes e restaurantes a oferecer aos clientes cardápios em Braille, iniciativas como essas, que para muitos parecem ser muito básicas, representam um grande avanço para a socialização dos portadores de necessidades especiais.

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Dr Ramon Hallal CRM: 42400 RQE: 25800.  Especialista em Córnea, Cirurgia Refrativa e Catarata

Especialização no Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem e Massachusetts Eye and Ear Infirmary/ HARVARD

  Professor Universitário  FAG Cascavel, Sanar plataforma de Ensino Médico e PUC-RJ/IDTO

Endereço:  R. Minas Gerais, 1986 – Centro, Cascavel – PR, 85812-03 (Hospital de Olhos de Cascavel)

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Acadêmica : Luiza Fernandes Bueno

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